quinta-feira, 4 de setembro de 2014

a implosão do jornalismo convencional


Em 2006 escrevi esta nota para um blog, mas não publiquei. Hoje, vejo que ainda tem sentido.
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Provocação inicial para um debate ou conversação mais profunda sobre o estágio presente e futuro dos meios de comunicação, sobretudo para os países do 3º mundo. Após a revolução tecnológica do suporte (internet) veio a revolução do modus operandi, da linguagem e da dinâmica interna do processo de produção do conhecimento. 
O caráter democratizante e emancipatório deste novo meio de comunicação abre novas frentes de batalha no interior das disputas simbólicas.

A explosão dos blogs e a facilidade de publicar na web trouxe muitas escolhas e novas perguntas interessantes. Será tão fácil fazer jornalismo de qualidade como andam supondo? Parece que não. Examinando outros momentos de grande efervescência cultural, provocados pela popularização de novas técnicas, podemos perceber similaridades. São ciclos de expansão e contração, ruptura e acomodação, avanços e recuos. Foi assim nos primeiros passos da imprensa, que evoluiu dos panfletos para o jornalismo crítico, iluminista e republicano. 
A possibilidade de se dirigir a plateias ou públicos cada vez maiores não parou de crescer, como atestam o desenvolvimento dos meios de comunicação eletrônicos (rádios e televisão) e agora com os meios digitais e todas as suas implicações e conseqüências. Assim, a aparente facilidade de publicação, típica das fases de expansão, com todos os seus excessos e distorções, deverá, em breve, passar para a fase de estabilização e depuração, apesar da velocidade do processo continuar a aumentar.
Os leitores aí dos EUA podem deixar comentários em inglês.

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